terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Resenha: Chantilly

Nome: Chantilly
Autor: Mare Soares
Edição: 1ª Impressão
Editora: Independente
Páginas: 148
ISBN: 978-85-910699-0-3
Onde comprar: Aqui





SINOPSE
Um diário foi escrito. Catherine Aragon, numa atitude desesperada, escreve suas recordações em busca de socorro. Somente dez anos depois suas palavras foram ouvidas por um renomado cientista. Ethan Stuart, um homem com pouco carisma, toma as rédeas da situação para tentar ajudá-la.
Ele contará com a ajuda de personagens suspeitos: o exótico Leon Saiter, um alcoólatra sem muita perspectiva que arriscará a própria vida para obter êxito na resolução do caso e a interessante Anabelle, que vive um dilema dentro de si onde questionará suas verdades e seus valores.
A tríade investigadora conclui a soma dos catetos, tornando Chantilly um dos desafios mais intrigantes do seu viver.
Mergulhe nesta aventura, em um ambiente noir, repleta de mistérios a serem desvendados numa cidade onde as pessoas perderam as lembranças.



Chantilly, nada doce.

Qual é a primeira imagem que vem à sua cabeça quando alguém diz “Chantilly”? Na minha é exatamente como na capa do livro. A cobertura alva, pura, doce. Mas a autora Mare Soares nos enganou facilmente.
Chantilly, apesar do nome e da capa, nada tem de doce. A primeira vista, pensei que se tratava de um Chick-lit ou ainda de um romance-culinário. Engano meu.

Ao ler a sinopse já fiquei curiosa. Nesta semana recebi o livro pelo Book Tour que a Mare está promovendo. Terminei a leitura no mesmo dia em que comecei.

Enfim, vamos à resenha...

O livro começa no ano de 2020. Somos apresentados a Catherine Aragon, 28 anos, moradora da pequena cidade de Chantilly, ao norte de Paris.

Uma “coisa estranha” está acontecendo na cidade. Todos os moradores estão, aos poucos, perdendo a memória e parece que ninguém se preocupa ou tentar ajudar.
É aqui que, em uma tentativa de “salvar-se” ou, ao menos, ajudar no futuro, Catherine começa um diário, onde tenta pontuar os fatos mais importantes de sua vida e o que ela consegue perceber de toda essa situação.

Um fato que eu gostaria de ressaltar é que: Catherine escreve o diário, ok. Mas ela escreve já pensando no leitor. Digo, não é um diário do tipo “Querido diário, meu nome é Catherine, tem algo acontecendo em minha cidade...” é mais para “Quem quer que esteja lendo, está acontecendo algo em minha cidade, por favor, nos ajude!”. Achei bem interessante.

Dez anos se passaram, e o diário cai nas mãos de um nerd cientista chamado Ethan Stuart. Ele resolve estudar o caso e ajudar Catherine a descobrir o que aconteceu em Chantilly.

Ele então escreve a Catherine contando que leu suas anotações e que está disposto a ajudar. No começo ela resiste, não quer relembrar o caso, mas após alguns meses e muitas cartas trocadas ela aceita a aproximação de Ethan.

Nesse meio tempo, Ethan conhece Leon, um alcoólatra sem perspectiva de vida que resolve “ajudar” nas investigações. Leon também era um morador de Chantilly, mas saiu da cidade ainda jovem.

Leon conhece a intrigante Anabelle, uma mulher que adora fazer jogo. Ela na verdade é uma agente dupla, Louise, que entra no caso mesmo sem saber no que está se metendo.

E então começa o desenrolar do livro. Que ocorre rapidamente. A cada folha virada, uma revelação, uma nova dúvida. É claro que não vou dar mais detalhes e nem contar mais sobre a história (já falei demais! haha), vocês terão que ler para saber o que acontece com as personagens.

Falando sobre o livro, qualidade da escrita e tal, vou pontuar.

O livro é bem pequeno, cerca de 140 folhas com uma fonte grande (comparada a outras publicações).  Mare consegue construir a história super bem, apesar das poucas páginas do livro. A forma com que ela escreve é bem interessante, nada cansativa, fluente. E a linguagem é de fácil entendimento (para todos os públicos).

Uma coisa que senti falta foi de descrições mais elaboradas. Tanto de lugares como de pessoas. Não sei se só acontece comigo, mas eu gosto de saber, por exemplo, como a pessoa estava vestida, ou como é o lugar onde elas estão... E já que a história se passa nas proximidades de Paris, Mare poderia se inspirar na Cidade-Luz para criar uma atmosfera ainda mais envolvente para seu livro. Seria maravilhoso ter um retrato desse lugar, mesmo que fictício, e isso deixaria o suspense ainda mais enriquecido.

Mare soube como prender minha atenção muito bem, com várias dúvidas no ar. Mas eu acho que ao final, ficaram dúvidas demais. Talvez as de menos importância pudessem ser resolvidas em Chantilly.

A pergunta que não quer calar é quem matou Odete Roitman? O que aconteceu em Chantilly para que todos os moradores perdessem a memória? (Pergunta bônus: E o que o governo francês tem a ver com tudo isso?) Enfim, aguardo ansiosa a continuação da trilogia: Copenhague.

 Em Chantilly pudemos acompanhar o nascimento da Mare Soares como escritora. Com certeza em Copenhague veremos seu crescimento e desenvolvimento. Eu espero coisa boa por ai! E tenho certeza de que ela não vai me decepcionar!

Capa - 
Arte -
 Narrativa -
Personagens -

AVALIAÇÃO GERAL



 
Mare Soares nasceu em Setembro de 1991 no Rio de Janeiro. É graduanda de Mídia da Universidade Federal Fluminense e ex-estudante de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Começou a escrever desde cedo explorando o universo das poesias. Atualmente, além de livros, escreve fanfics, contos e roteiros.

Clicando aqui você poderá conhecer mais sobre a obra, conversar com a autora, além de  fazer o download de um capítulo do livro! Aproveite!

E vocês, conheciam Chantilly? Gostaram da resenha? Aguardem que em breve terei mais novidades. Agradeço pela visita, até mais!

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