quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Resenha: O Menino do Pijama Listrado

Nome: O Menino do Pijama Listrado
Autor: John Boyne
Edição: 11ª Reimpressão
Editora: Cia Das Letras
Páginas: 186
ISBN: 978-85-359-1112-1
Onde comprar:Americanas,Cultura, Saraiva




Eu não chorei. Eu pensei.

Mais uma vez eu fui com muita sede ao pote. Esperei tanto para poder ler que criei expectativa demais. O livro é ótimo, sim, é. Mas eu achei previsível. Principalmente se você prestar bastante atenção no livro (e for daquelas pessoas que depois de ler fica pensando em teorias para os próximos capítulos) você com certeza já terá entendido o final dele lá pela metade...

A orelha do livro é bem interessante, diz que ele conta a história de um menino de nove anos, apesar de não ser indicado para meninos de nove anos.

O livro conta a história de Bruno que vivia em Berlim e era feliz com sua vida. Até que um dia, ao chegar em casa, é surpreendido vendo a empregada arrumar suas malas, e vai até a mãe perguntar porque aquilo está acontecendo.

Ela diz que eles vão se mudar.

E ai começa toda a história do livro. Onde todas as mensagens são passadas, seja implícita ou explicitamente. O interessante é ver toda essa questão da guerra na visão de uma criança.

(Quando por exemplo, em uma conversa com a irmã, no final do livro, Bruno pergunta quem são as pessoas de pijama listrado, e Gretel responde “São judeus”. E sem entender, o garoto questiona “mas nós somos judeus?”. A menina retruca “Nós absolutamente não somos judeus”. “E o que somos então?” – diz Bruno. “Nós somos o contrário!”. 

Para mim, esse simples diálogo diz muito sobre uma das várias mensagens que o livro nos passa. Quantas pessoas realmente entendiam e concordavam com aquilo tudo, e quantas simplesmente aceitavam, pelo simples fato de estar acontecendo?).

Uma visão tão infantilizada e um espírito tão questionador são os fatos que mais nos tocam ao ler o livro. Sem contar a narrativa simples e fluente de John Boyne, que é incrivelmente comovente.

A história em si é bem simples, Bruno, é filho de um dos comandantes das tropas que servem ao “Fúria” (Führer - Hitler). E é obrigado a mudar com a família para perto do “Campo Haja-Vista” (Campo de concentração Auschwitz).

Os dias passam, e Bruno odeia cada vez mais aquele lugar. Odeia por estar longe de seus avôs, odeia por estar longe de seus amigos, e simplesmente odeia.

Lá, passa a observar de longe as pessoas que caminham de pijama listrado, do outro lado da cerca de sua propriedade. Levado pelo tédio e pela curiosidade, Bruno resolve “explorar” a área para ver se encontra algo interessante.

“O ponto que virou uma mancha, que virou um vulto, que virou uma pessoa, que virou um menino”.

Numa dessas explorações pela propriedade, Bruno chega ao limite da cerca, e lá, encontra Shmuel. E os dois começam a conversar. Tardes e tardes de conversa, um contando ao outro como é estar do outro lado da cerca.

O que Bruno mais sentia falta de Berlim eram dos amigos, e de poder brincar e jogar bola com eles. Ele sempre comenta isso com Shmuel e demonstra certo desapontamento por não poder brincar com o novo amiguinho. Shmuel conta que do lado dele, existe milhares de crianças, mas que nenhuma delas brinca.

De qualquer forma, os dois seguem se encontrando em segredo para conversar. E isso para os dois garotos solitários já é suficiente.

Com o tempo (depois de um ano), a mãe de Bruno resolve voltar para Berlim, com o filho e Gretel (A Irmã Caso Perdido).

E então começa o desenrolar do final trágico-poético do livro. Vou parar por aqui, até porque já dei spoiler demais. 
O livro termina com a seguinte frase: “E assim termina a história de Bruno e de sua família. Claro que tudo isso aconteceu há muito tempo e nada parecido poderia acontecer de novo. Não na nossa época”.

E tudo o que eu penso é: Será?





Capa -
Arte - 
Narrativa -
Personagens -

 AVALIAÇÃO GERAL





Contra: Poucas páginas e algumas dúvidas restantes. Por exemplo: O que o tenente Kotler fez a Pavel?

O livro foi adaptado para o cinema, para quem (como eu) ainda não assistiu, aqui vai o trailer.






 Eu realmente fiquei sem palavras ao final dele. Valeu muito a pena! :) E vocês, gostaram do livro? Enfim, um bom restinho de semana para vocês, até o próximo post! Beijo!

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